segunda-feira, 31 de março de 2014


Adeus,1964. Bom dia, 2014. Nenhum passado importa mais que o futuro

31 de março de 2014 | 09:11 Autor: Fernando Brito
Quando a gente fica velho, começa a praticar o erro de achar que tudo o que vivemos no passado  está perto, porque é passado é presente na memória. Ainda jovem, aprendi isso no convívio com Brizola conversando comigo, em longas noites em volta da mesa redonda de seu apartamento – eu chamada a saleta onde ela ficava de botequim sem cerveja – ,  com um “não fazer casoR...
Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 
30.3.2014
 | 
9h00m
COLUNA NO GLOBO

Herança maldita

A cena: reunião que aprovou o Ato Institucional número 5, o pior deles, que cassava todas as liberdades e instalava o terror de Estado. Dada a palavra ao ministro da Fazenda, Delfim Netto, ele disse que era pouco. Achou fraco. Era preciso, disse, que fosse ainda mais forte para fazer as reformas que o país precisava. Elas não foram feitas e ele afirma hoje que de nada se arrepende.
Nos anos seguintes o país cresceu; excluindo os pobres e concentrando renda. O crescimento mais forte foi o resultado de um conjunto de fatores. Chegou ao incrível número de 14% no ano em 1973. O economista Edmar Bacha conta que 70% do crescimento foram apropriados pelos 10% mais ricos.
O Milagre é só um lado da história. Entre 1981 e 1983 o país conheceu uma dolorosa recessão, com a economia sob o comando do mesmo Delfim, então ministro do Planejamento do último governo militar.
Não é verdade que na economia a ditadura acertou. Nem isso. A herança deixada para os governos democráticos foi uma inflação acelerada e indexada. A inflação carregava em si o fermento do seu crescimento. Era alta e explosiva. Nos primeiros anos do governo civil começou a luta contra ela. No livro que escrevi sobre o assunto chamei esse esforço nacional, penoso e longo, de saga. Só em 1994, quase uma década depois do fim do regime, foi possível livrar-se da hiperinflação indexada.
Quem vê a série histórica pode imaginar que depois que eles saíram é que os índices chegaram a números aterradores. Na verdade, os militares deixaram o índice num ritmo descontrolado, em torno de 300%, mas com o combustível que a faria crescer nos anos seguintes. As primeiras tentativas de romper com esse passado foram minadas pelo populismo do primeiro governo civil, presidido por um leal servidor da ditadura, José Sarney. A pior tentativa de domar a inflação foi realizada pelo voluntarismo simplista do governo Collor. O que nos livrou do tormento da superinflação foi o Plano Real.
O golpe dado contra as instituições teve como um dos pretextos acabar com a inflação, e, 21 anos depois, ela estava mais alta e mais forte. O preço político exigido do país foi pesado. Aquilo que o ministro Delfim Netto disse na reunião foi, é, sempre será indefensável: endurecer para fazer reformas modernizantes. Não foram feitas as reformas necessárias e o endurecimento enlutou famílias e revogou direitos civilizatórios. O Plano Real e outros avanços mostram que só o convencimento através do diálogo democrático cria mudanças permanentes.
A herança maldita deixada pela economia do governo militar foi além da inflação. O país se endividou a juros flutuantes e as taxas explodiram. No final, o Brasil tinha US$ 150 bilhões de dívidas e US$ 11 bilhões de reservas cambiais, uma parte sem liquidez. O país quebrou. Durante anos o Brasil viveu o vexame de redigir cartas de compromissos com o Fundo Monetário Internacional para não cumpri-las. O lema no governo era que dívida não se paga; administra-se. Ela ficou impagável. E assim acabou o governo militar, deixando, para os que organizariam o país, o trabalho de renegociar a dívida. Houve várias tentativas. Um dos que lutaram por uma proposta de solução foi o embaixador Jório Dauster, mas foi Pedro Malan quem conduziu a negociação que acabou trocando essa dívida velha por novos títulos.
Os militares, que impuseram o terror em nome da ordem, deixaram uma desordem fiscal. O orçamento que passava pelo Congresso era limitado. O importante era o orçamento monetário, que não tinha qualquer transparência. Um cordão umbilical ligava o Banco do Brasil ao Banco Central, permitindo a uma instituição, com acionistas privados, sacar o montante que quisesse da autoridade monetária. Os bancos estaduais eram praticamente emissores de moeda. Não havia Secretaria do Tesouro. A democracia precisou trabalhar muito para organizar essa bagunça e chegar à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Bancos públicos financiavam os grandes empresários com farto dinheiro subsidiado na política de campeões nacionais. Soa familiar? Sim, o atual governo recriou essa política e alguns economistas próximos ao grupo no poder ainda dizem que a ditadura foi boa na economia.
É fundamental aprender com a História para não repetir seus erros. A maior lição é que não há justificativa econômica para uma ditadura.

sábado, 29 de março de 2014

“O GOLPE DE 64 DESTRUIU A MINHA FAMÍLIA”

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Aos 73 anos, Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart, revela à revista Istoé detalhes dos dias que antecederam o golpe militar, fala da vida do casal e lembra da angústia dos anos de exílio: "Nós saímos daqui correndo, deixamos tudo para trás. A gente passou a viver com sofrimento"; Maria Thereza se casou com Jango aos 17 anos e foi a primeira-dama mais jovem que o País já teve; após a morte do marido, na Argentina, em 1976, demorou alguns anos para voltar a viver no Brasil e escolheu o Rio de Janeiro, onde ainda mora, perto da família, para passar o resto de seus dias; apesar de tudo, se declara feliz

domingo, 23 de março de 2014

FASCISTAS TRANSFORMARAM SÃO PAULO EM HOSPÍCIO

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Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, aventura-se na cobertura das marchas da família na capital paulista e revela o perfil estarrecedor de seus participantes; blogueiro entrevista jovens alienados, seminaristas sem conhecimento histórico e ouve argumentos insanos para pedir a volta do regime militar até ser “descoberto” e perseguido por três gorilas: “Blogueiro do PT! Blogueiro do PT! Cuidado, blogueiro do PT!”

sábado, 22 de março de 2014

Publicado em 22/03/2014

PASADENA: GLOBO REPETE
FRAUDE DO LULA VS COLLOR

A Globo é especialista em fraudes eleitorais

Miguel do Rosário exibiu a integra da entrevista que Sergio Gabrielli  concedeu à Globo e, em seguida, a fraude: a “edição da Globo”.

Bem que, ao fim da entrevista, o Gabrielli avisou: “vamos ver agora a edição da Globo”.

É a versão contemporânea de outra ediçao histórica, que integra todos os manuais, mundo afora, como exemplo de utilizaçao da televisão para manipular uma eleição: o debate Lula vs Collor, em que o Dr Roberto mandou exibir “tudo de bom” do Collor, e “tudo de mau” do Lula.

Foi a edição do jn na vespera da eleição do segundo turno e que  “ajudou” a eleger o Collor, segundo o próprio Collor.

O Boni, como se sabe, testemunhou que ele próprio ajudou o Collor.

Essa edição da entrevista do Gabrielli respeita a mesma tecnologia de fraudes eleitorais.

Como aquela do Gilberto Freire com “i” (*), chamado de “Ratzinger da Globo”, quando levou a eleiçao de 2006 para o segundo turno – clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve, só falta o segundo”.

A “edição” do Gabrielli demonstra que muita fraude eleitoral ainda vai correr até a eleiçao de 2014.

Porque, como demonstrou a última pesquisa do Globope, só um Golpe (da e na Globo) impede a eleição da Dilma – no primeiro turno.

Em tempo: sugestão aos que se submetam a fraudes eleitorais da Globo: levar um assessor com gravador, levar uma camera para gravar a entrevista – e, de preferência, só falar com a Globo por e-mail.

Em tempo2: bem feito ! Quem mandou o Lula e a Dilma, com medo da Globo, não fazerem uma Ley de Medios ? E obrigar o Gabrielli a se defender de uma profissional da Globo que faz perguntas sem saber do que tratam. Porque a “edição” já estava pronta, no Rio … Desde 1989 …


Do Cafezinho:

ENTREVISTA COM GABRIELLI QUE A GLOBO ESCONDEU: PASADENA FUNCIONA E DÁ LUCRO


A Petrobrás não fala nada, com medo sabe-se lá de quê, mas Gabrielli, ex-presidente da companhia, falou. Eis a íntegra da entrevista que o JN mutilou para deixar a impressão que o petista se voltava contra Dilma. Depois compare com a matéria editada do JN.




Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 20 de março de 2014

A expedição dos nazistas na Amazônia

Enviado por Por Jota A. Botelho


NAZISTAS NA AMAZÔNIA
*clique nas imagens para ampliar*
A história dos alemães que desembarcaram no Jari em 1935 para uma confusa e misteriosa expedição científica
Publicação original in: Revista Brasileiros, Nazistas na Amazônia - Edição 21 - (Abril/2009) 
http://www.revistabrasileiros.com.br/2009/04/22/nazistas-na-amazonia/

terça-feira, 18 de março de 2014

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
18.3.2014
 | 12h00m
OBRA-PRIMA DO DIA (ARQUITETURA)

Monastério Huankong, Datong, China (século VI)


O mais fantástico dos monastérios budistas na China, o Monastério Xuankong (Suspenso), fica numa encosta da montanha Hengshan, a 75 km de Datong. Construído no século VI, foi restaurado apenas três ou quatro vezes.
Os andares comprimidos uns contra os outros parecem apoiados em varetas tão frágeis quanto os palitos para comer que os chineses usam. Rochas enormes dão a impressão que vão cair sobre as construções a qualquer momento.
Dois foram os motivos para que fosse construído exatamente nesse local: para os Taoistas, a localização tranquila era ideal para meditação e para a busca do caminho que leva a Deus. O outro, o rio Hunhe, que banha o vale lá em baixo, e que é bastante caprichoso. Quando há tempestades, o que ali é frequente, ele inunda tudo à sua volta. O templo suspenso na rocha ficou protegido da fúria das águas.
No século VI, as pessoas acreditavam que um dragão dourado era a causa do tempo inclemente e logo viram a necessidade da construção de um templo budista, imprescindível para afastar o dragão. Mas bem longe do rio...
O acesso é por uma ponte suspensa e depois por uma escada cavada na rocha. A vista lá de cima dizem que é estonteante.
O prédio mais importante do conjunto é o que abriga um enorme salão onde Buda, Lao-Tse e Confúcio estão sentados lado a lado.
São mais de 40 salas, todas em madeira. Os visitantes ficam deslumbrados, mas sempre com o coração na boca, a sensação de fragilidade impressiona. As pranchas de madeira gemem a cada passo que se dá, o que aumenta a insegurança, apesar de todos saberem que há mais de mil anos Xuankong está ali, protegendo a região.
É um dito popular que aquela é obra sublime de Deus e dos Espíritos.

Monastério Suspenso, Datong, província de Shanxi, China
(Publicado originalmente em 23 de maio de 2011)


sábado, 8 de março de 2014

E VOCÊ??

Enviado por Ricardo Noblat - 
8.3.2014
 | 7h30m
MÚSICA DO DIA

Seleção das músicas que mais gosto

A.J. Croce

He's Got A Way With Women, por A.J. Croce
Time After Time, por Abbey Lincoln & Hank Jones
Accentuate The Positive, por Al Jarreau
A Banda, por Astrud Gilberto
Butterflies, por Aziza Mustafà Zadeh
Exactly Like You, por B.B. King
Adagio, por Baden Powell
Laverne, por Big Swing Trio
I Do It For Your Love, por Bill Evans
It Had to Be You, por Billie Holiday