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terça-feira, 22 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -
17.7.2014
| 12h00m
OBRA-PRIMA DO DIA (ARQUITETURA)
A Grande Mesquita de Kairouan
No centro da Tunísia, numa planície que fica equidistante do mar e da montanha, Kairouan é a mais antiga base árabe-muçulmana no Magreb e uma de suas principais cidades sagradas. O Magreb, ‘poente’ ou ‘ocidente’ em árabe, região noroeste da África, é dividido em Pequeno Magreb e Grande Magreb. A Tunísia faz parte do Pequeno Magreb.
Toda a região foi dominada pelos árabes e por sua religião, o Islã, durante mais de 1300 anos. A Grande Mesquita de Kairouan (acima), do século IX, é um dos mais importantes monumentos do Islã, mas é também uma obra-prima da arquitetura universal.
O conjunto, composto ao sul por uma sala de orações (acima) com dezessete naves sustentadas por colunas de mármore ou pórfiro e ao norte por imenso pátio pavimentado por lajotas e delimitado por pórticos que têm como eixo um elegante minarete com três andares, mede 155 x 80 m (abaixo).
Fundada apenas trinta e oito anos após a morte do Profeta, não é de surpreender que sete peregrinações à Kairouan possam susbstituir a obrigatória peregrinação à Meca.
Kairouan é uma das cidades sagradas e uma das capitais espirituais do Islã. O conjunto histórico de Kairouan, com o complexo religioso ao centro, e as ruas e vielas da cidade que o abriga, conserva, sem alteração, tanto o tecido urbano quanto os componentes artísticos e arquiteturais. Todos os elementos fazem parte do valor de Kairouan e contribuem para a integridade desse Patrimônio Universal da Humanidade.
Acima, a cúpula em nervuras, um dos pontos altos da arquitetura de Kairouan. Do ponto de vista estético, a Grande Mesquita é considerada o mais belo edifício da civilização muçulmana no Magreb. Sua idade e a qualidade de sua arquitetura fazem dela uma joia islâmica. Mas sua importância, para os muçulmanos, vai muito além de sua estética: ela é considerada a responsável pela importância da islamização em todo o Ocidente muçulmano.
Vista do exterior, a Grande Mesquita de Kairouan parece uma fortaleza e se impõe pelas paredes maciças com 1m90 de espessura feitas com pedras bem aparelhadas.
No final do século XIX, o escritor francês Guy de Maupassant ao relatar suas viagens no livro La Vie Errante, definiu assim seu fascínio pela Grande Mesquita: “a harmonia única desse templo vem da proporção e do número de pilares que sustentam o edifício, preenchem e povoam o espaço, fazem dele o que ele é, estimulam sua graça e grandeza. (...) O olhar pára e se perde nessa mistura de finas colunas de uma elegância impecável, onde todos os tons se misturam e se harmonizam, onde os capitéis bizantinos, da escola africana ou da escola oriental, são um raro trabalho, de uma diversidade infinita. Alguns me pareceram ter a perfeição da beleza. O mais original dos pilares talvez seja o que lembra uma palmeira torcida pelo vento”.
O conjunto da Grande Mesquita é acessado por nove portas: seis se abrem para os pórticos do pátio, dois sobre a sala de orações e um nono sobre a sala do Imã. Algumas delas, como a porta Bab-el-Gharbi (porta do Oeste) situada na fachada ocidental, são precedidas por espaços ladeados por poderosos contrafortes e protegidos por arcos em nervuras (abaixo).
O conjunto da Grande Mesquita é acessado por nove portas: seis se abrem para os pórticos do pátio, dois sobre a sala de orações e um nono sobre a sala do Imã. Algumas delas, como a porta Bab-el-Gharbi (porta do Oeste) situada na fachada ocidental, são precedidas por espaços ladeados por poderosos contrafortes e protegidos por arcos em nervuras (abaixo).
Abaixo, na sala de orações, detalhe da parte superior do mihrab, que indica a direção da Meca e diante do qual o Imã fica ao liderar as orações. Formado por um nicho enquadrado por duas colunas em mármore, com capiteis em madeira pintada. Tem 4m de altura e 1m6 de profundidade. É considerado como o mais antigo exemplo de mihrab côncavo.
Haveria muito mais coisas a dizer sobre Kerouan... Com sua forma severa e decoração austera, a Grande Mesquita se distingue pelo seu porte harmonioso e aspecto majestoso. É um monumento religioso que nos eleva a Deus, seja lá qual for nossa religião...
La Grande Mosquée de Kairouan, Tunísia
COISAS DE FILÓSOFOS....
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”
Sun Tzu, (chinês)
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”
Sun Tzu, (chinês)
segunda-feira, 14 de julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
COISAS DE FILÓSOFOS...
Do justo e duro Pedro nasce o brando,
(Vede da natureza o desconcerto!)
Remisso, e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto:
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente;
Que um fraco Rei f az fraca a forte gente.
(Vede da natureza o desconcerto!)
Remisso, e sem cuidado algum, Fernando,
Que todo o Reino pôs em muito aperto:
Que, vindo o Castelhano devastando
As terras sem defesa, esteve perto
De destruir-se o Reino totalmente;
Que um fraco Rei f az fraca a forte gente.
Os Lusíadas , Luís de Camões, canto III, 138
dom, 13/07/2014 - 08:45 - Atualizado em 13/07/2014 - 08:49
Por Eliana Rezende
De novo sobre leitores e leituras. Instigando todos a pensar um pouco:
Em "Utopia de um homem que está cansado", Borges descreve o encontro do narrador com um homem de quatro séculos, que vive no futuro – ‘um homem vestido de cinza’, cor que envolve os mensageiros da estranheza em vários contos do escritor argentino – e que faz assustadoras revelações. Uma delas é a extinção da imprensa, “um dos piores males do homem, já que tendia multiplicar até a vertigem textos desnecessários”. (BORGES, 2001, p. 84)
À revelação do desaparecimento da imprensa no mundo do futuro, o narrador responde com um longo discurso:
“Em meu curioso ontem (...) prevalecia a superstição que entre cada tarde e cada manhã acontecem fatos que é uma vergonha ignorar. O planeta estava povoado de espectros coletivos, o Canadá, o Brasil, o Congo Suíço e o Mercado Comum. Quase ninguém sabia a história anterior desses entes platônicos, mas sim os mais ínfimos pormenores do último congresso de pedagogos, a iminente ruptura de relações e as mensagens que os presidentes mandavam, elaboradas pelo secretário do secretário com a prudente imprecisão de que era própria do gênero.
Tudo se lia para o esquecimento, porque em poucas horas o apagariam outras trivialidades. (...)
As imagens e a letra impressa eram mais reais do que as coisas. Só o publicado era verdadeiro”. (BORGES,1995, p. 85)
Tudo se lia para o esquecimento, porque em poucas horas o apagariam outras trivialidades. (...)
As imagens e a letra impressa eram mais reais do que as coisas. Só o publicado era verdadeiro”. (BORGES,1995, p. 85)
A verdade é que neste tempo distante e assustador extinguiram-se não apenas os jornais, mas também os museus e as bibliotecas. Inexistem monumentos, feriados ou espaços de rememoração; inexistem cidades.
Tal como ocorre aqui no texto de Borges, a leitura parece ser feita sob muitas circunstâncias, para o esquecimento.
Gostaria de levá-los a repensar a literatura e suas relações com seus leitores e o contexto de produção de suas obras.
Isso porque a leitura sempre vai além do texto. É preciso tomar em conta o leitor, o escritor, o texto. a época em que o texto é produzido bem como o tempo em que o mesmo é lido. Cada texto assim pode ser sempre recriado, reinventado a cada vez que é reinterpretado e/ou assimilado. Mas vejo que cada vez mais essa forma de ler parece ser algo bem além do que nossa civilização seja capaz de fazer. Distraídos, dispersos e na maioria das vezes ávidos apenas pelo novo que chega, deixa essa possibilidade de leitura para trás.
Para este caso, a leitura talvez esteja encontrando o seu final. O déficit de atenção e a indisposição pela verticalização inviabilizam este tipo de leitura.
A literatura (seja ela de ficção ou não-ficção) e provavelmente seus autores terão que tomar esse dado além dos suportes e grau de interação possível e provável.
Tempos novos, interessantes e de muitos desafios.
Felizmente acho que muito poucos ainda põem em questão o término do livro.
Há algo aqui que envolve a qualidade de leitores. O bom leitor é arguto, perspicaz e caminha com o escritor. Busca todo o tempo interlocução de idéias e conteúdo. E talvez aqui exista a maior fragilidade a ser vencida. O verdadeiro leitor é antes de tudo um ser crítico. Não no sentido pejorativo de gostar ou não das coisas, mas no sentido de saber ser interlocutor fazendo as perguntas adequadas ao lido e as transpondo para seu universo de atuação.
É assim que se constrói repertório: ler; questionar; reformular e aplicar.
Cada vez mais as pessoas acabam reproduzindo o lido é neste sentido que quero instigar os leitores a irem além do escrito e propor novos caminhos para antigos questionamentos.
Caso queira aprofundar esse tema sugiro a leitura da série de posts que fiz sobre Escritores e Leitores em tempos digitais que você pode clicar aqui, e aqui e também aqui. Referências:
Danziger, Leila - O Jornal e o Esquecimento Posts relacionados: Consumidores ou Coletores de Informação?
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz? O papel e a tinta por Da Vinci Palavras vincadas Em Tempos de Tintas Digitais: Escritos e Leitores - Parte I Pensados a tinta e escritos à máquina Os Historiadores e suas fontes em tempos de Web 2.0 Magia encadernada Vendem-se palavras Geração Touchscreen De metáforas e escrita...
Danziger, Leila - O Jornal e o Esquecimento Posts relacionados: Consumidores ou Coletores de Informação?
Curadoria de Conteúdos: O que é? Quem faz? Como faz? O papel e a tinta por Da Vinci Palavras vincadas Em Tempos de Tintas Digitais: Escritos e Leitores - Parte I Pensados a tinta e escritos à máquina Os Historiadores e suas fontes em tempos de Web 2.0 Magia encadernada Vendem-se palavras Geração Touchscreen De metáforas e escrita...
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -
10.7.2014
| 12h00m
OBRA-PRIMA DO DIA (FILOLOGIA/ARQUITETURA)
Biblos: a cidade habitada mais antiga do mundo
Biblos, cujo nome hoje é Djebail, fica na região onde surgiram a primeiras grandes civilizações, no chamado Crescente Fértil: o Líbano no extremo leste do mar Mediterrâneo, limitado ao norte e a leste pela Síria e ao sul por Israel. Com a Síria é uma das pátrias históricas dos fenícios, negociantes semitas da Antiguidade, cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de 2000 anos.
Foram os fenícios que criaram o primeiro alfabeto, do qual saíram todos os demais, tanto semíticos quanto indo-europeus.
O alfabeto fenício foi inspirado nos hieróglifos egípcios, naquela linguagem de símbolos, onde duas figuras criavam um significado. Os fenícios tiveram a genialidade de pegar 22 símbolos diferentes e retirar-lhes alguns traços e estava criado o alfabeto. Se você acha genialidade um exagero, lembre-se que os alfabetos hebraico, grego, árabe e latino, que é o mais usado, têm como base o alfabeto fenício.
Foi Filon, o filósofo e historiador grego que ao se referir a Biblos no século II depois de Cristo, disse que aquela era a cidade mais antiga do mundo.
Pois esse título ainda é seu já que ela é habitada há cerca de 8 mil anos e lá podem ser vistos vestígios dos períodos neolítico, cananeu, fenício, egípcio, mesopotâmico, greco-romano, bizantino, omíada, franco, otomano e do mandato francês após a partilha do Império Otomano em seguida ao fim da Primeira Guerra Mundial.-
O porto guardado por um pequeno forte do século III a. C.
Foram os fenícios que fundaram Cartago, a maior rival de Roma na Antiguidade. Alexandre Magno em 332 a.C., conquistou a região e integrou Biblos à civilização helenística.
O Templo dos Obeliscos, dedicado à divindade masculina
A cidade passou, pois, por todos os estágios da evolução da civilização até nossos dias. E por tudo isso e por sua localização privilegiada às margens do Mediterrâneo, continua atraindo historiadores, arqueólogos, pesquisadores e turistas.
Ruínas do anfiteatro Romano
Localizada a 40 km de Beirute, desde o século IV a.C., Biblos é um centro comercial e religioso muito importante. Abaixo, a Igreja de São João Marcos, de 1115.
A Fenícia era a maior exportadora de papiro egípcio para a Grécia. De tal modo que os gregos passaram a chamar o papiro de "biblos", o que veio depois a dar origem à palavra Bíblia, que batizou o Livro Sagrado e deu origem a muitas palavras derivadas, como biblioteca.
As belas colunatas das estradas Romanas
O castelo de Biblos (acima), também chamado de Castelo de Gibelet, é uma construção medieval. Foi erguido pelos Cruzados no século XII sobre fundações fenícias e romanas. Em 1188 Saladino capturou a cidade e derrubou os muros do castelo. Mais tarde, os Cruzados retomaram a cidade e em 1197 reconstruíram o castelo.
Desde 1984 Biblos é Patrimônio Mundial da UNESCO. Que esse Mundial seja levado a sério: não podemos deixar que Biblos venha a sofrer por problemas que o Homem não sabe resolver...
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quarta-feira, 2 de julho de 2014
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