quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

COISAS DE FILÓSOFOS...


"A mulher mais idiota pode dominar um sábio. Mas é preciso uma mulher extremamente sábia para dominar um idiota"

(Rudyard Kipling)

POR QUE É FUNDAMENTAL REVERENCIAR LEONEL BRIZOLA

:
A decisão da presidente Dilma Rousseff de incluir o político gaúcho Leonel Brizola na lista dos heróis da pátria faz justiça a um dos maiores líderes da história do País; em 1961, ele teve papel central na Campanha da Legalidade, que garantiu a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros; como governador do Rio Grande do Sul e, depois, do Rio de Janeiro, Brizola elegeu a educação como pilar central de suas administrações; com Darcy Ribeiro a seu lado, Brizola idealizou os Cieps, modelo do que hoje seriam os CEUs, da periferia de São Paulo; ao longo de toda sua trajetória, Brizola sofreu feroz oposição da Globo, que, em 1994, foi obrigada a lhe conceder um histórico direito de resposta; atacado de forma vil pela imprensa, Brizola sempre esteve ao lado dos trabalhadores

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

As 14 características do Homem Perfeito segundo o maior clássico erótico. Por Fabio Hernandez



Postado em 28 dez 2015
sexo123
Que características você, homem, deve ter para interessar aquela criatura suave e cruel, delicada e tirânica, sublime e miserável, generosa e avarenta, capaz de nos levar ao céu e logo depois à sarjeta, mas, em duas palavras, irresistível e incomparável, portanto insubstituível — a fêmea?
Bem, você definitivamente não é o primeiro a se formular essa questão tão complexa, nem será o último. Um sábio indiano, Vatsayana, que viveu numa época que não se sabe precisamente, mas que estudiosos chutam em algum ponto entre os séculos IV e VI AC, se deteve na pergunta fundamental, a mãe de todas, da vida de um homem. Ele é o autor, ou pelo menos se imagina que seja, do Kama Sutra, que está longe de ser o manual erótico que muitos pensam que é sem ter lido, depois de ver apenas algumas ilustrações e ouvir de orelha dizerem que é.
Para facilitar a minha vida e a sua, vou colar um trecho da Wikipedia sobre o Kama Sutra e Vatsayana:
“Ao contrário do que muitos pensam, o Kama Sutra não é um manual de sexo, nem um trabalho sagrado ou religioso. Ele também não é, certamente, um texto tântrico. Na abertura de um debate sobre os três objetivos da antiga vida hindu – Darma, Artha e Kamadeva – a finalidade do Vatsyayana é estabelecer kama, ou gozo dos sentidos, no contexto. Assim, Darma (ou vida virtuosa) é o maior objetivo, Artha, o acúmulo de riqueza é a próxima, e Kama é o menor dos três.”
Bem, de volta ao Planeta Terra. Vatsayana, de cujo Kama Sutra recomendo vivamente a leitura, elaborou uma lista de atributos do homem a quem elas entregam o coração, a alma e as demais coisas menos elevadas espiritualmente que, francamente, também interessam a nós. São 14. Aos homens, sugiro que vejam em quantos se enquadram. Caso se dêem bem serão o objeto invejado e admirado de desejáveis fêmeas angustiadas.
Se não pontuarem bem, têm uma boa lição de casa, desde que persistentes e, mais que tudo, humildes para reconhecer fraquezas. Às mulheres, recomendo que verifiquem o grau de acerto ou não do velho indiano que investigou os mistérios metafísicos e físicos do amor.
Os homens ideais, segundo ele, são:
1) os versados na ciência do amor;
2) os que têm habilidade para contar histórias;
3) os que conhecem as mulheres desde a infância;
4) os que conquistaram a confiança delas, mulheres;
5) os que lhes enviam presentes;
6) os que falam bem;
7) os que fazem coisas de que elas gostam;
8) os que nunca amaram outras mulheres;
9) os que conhecem seus pontos fracos;
10) os que gostam de festas;
11) os liberais;
12) os que são famosos por sua força;
13) os empreendedores e corajosos;
14) os que superam os demais homens em cultura, aparência, boas qualidades e generosidade.
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Sobre o Autor
O cubano Fabio Hernandez é, em sua autodefinição, um "escritor barato".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Paciência - Lenine

  • 4 anos atrás
  • 1.656.722 visualizações
Paciência Lenine Composição : Lenine e Dudu Falcão Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calm

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

UM 16 MARAVILHOSO PARA TODOS!!! E QUE POSSAMOS SER MAIS PACIENTES, COMPREENSIVOS, E TOLERANTES!!!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

domingo, 29 de novembro de 2015

De quem é a culpa pelos infortúnios de Delcídio, segundo a mulher dele. Por Paulo Nogueira

Terra em chamas

Em artigo no O POVO deste sábado (28), o médico psiquiatra, antropólogo e professor universitário Antônio Mourão Cavalcante comenta da situação dos muçulmanos pelo mundo. Confira:
Me recuso a ver conflitos humanos presos à ótica do bem e do mal. Um lado é bom. O outro é mau. A partir dessa lógica, as argumentações tornam-se partidárias, tendenciosas. Esse meu “defeito” é fruto de uma formação sistêmica, que sugere ver os fatos como complementares. Sendo uns alimentados pelos outros.
Não venham me dizer que as nações do Ocidente devem ser consideradas como paradigmas da ética internacional. Nunca esqueci, por exemplo, aquela estúpida operação determinada pelo presidente Bush sobre a população de Bagdá. Era noite e víamos – pela TV – apenas aquelas luzes cruzando os céus. Eram milhares de bombas destruindo tudo. Gente. Idosos. Crianças. Mulheres… Guerra?
Quem viveu em algum país europeu – França inclusa! – sabe como os árabes, portando qualquer identidade, são recebidos (recebidos?) com indiferença e mal-estar. Esse clima vem de longe. Vem dos tempos das cruzadas… da pedra lascada. Sei lá de onde!
Hoje, essa revolta guardada, azedada, explode em terrorismo, bombas e degola de cabeças. Sobra para os inocentes… E, como advertia o Belchior: “Eles continuam guardados por Deus, contando o vil metal”.
Vai ser difícil construir uma paz duradoura. A gestação desse conflito tem suas raízes no oco dos mais rancorosos arquétipos das civilizações. De tempos em tempos irrompe. Vira espasmo. E, curiosamente, nasce de jovens desesperados. Daqueles que não encontram saída nem rumo. Seriam mesmos algozes ou os desesperados da contemporaneidade?
Quando os dirigentes ocidentais tiverem tempo para refletir, concluirão que esse caminho de caça às bruxas, é sem retorno. Inútil. Fica difícil entender onde começa um e existe o outro. Esses conflitos resultam de uma engrenagem que não tem a vida humana como princípio básico a preservar. É fruto do oportunismo e do desespero.
Se olharmos a dimensão humana, ambos são culpados. A vida não entra em causa. Há uma disputa e um impasse atroz. A morte passa a ser guia. Viva a morte!
Um grave equívoco dizer que é uma “guerra de civilização”. Coisa alguma… Quem ama a vida, quem propugna pelo direito de ser, viver, amar, não pode ser excludente, nem imaginar que a solução única, definitiva, é a eliminação do outro? Por que quem é o outro senão a extensão de mim mesmo?

domingo, 15 de novembro de 2015

A violência pela violência do Estado Islâmico. Por Leonardo Boff



Paris, 13 de novembro de 2015
Paris, 13 de novembro de 2015
Por Leonardo Boff, em seu blog. 

O Estado Islâmico da Síria e do Iraque é uma das emergências políticas mais misteriosas e sinistras, talvez dos tempos históricos dos últimos séculos. Tivemos na história do Brasil, como nos relata o pesquisador Evaristo E. de Miranda(Quando o Amazonas corria para o Pacífico, Vozes 2007) genocídios inomináveis, “talvez um dos primeiros e maiores genocídios da história da Amazônia e da América do Sul”(p. 53): uma tribu antropôgafa adveniente devorou todos sambaquieiros que viviam nas costas atlânticas do Brasil.
Com o Estado Islâmico está ocorrendo algo semelhante. É um movimento fundamentalista, surgido de várias tendências terroristas. Proclamou no 29 de junho de 2014 um califado, tentando remontar aos primórdios do surgimento do Islãcom Maomé. O Estado Islâmico revindica autoridade religiosa sobre todos os islâmicos do mundo inteiro e assim criar um mundo islâmico unificado que siga à risca à charia (leis islâmicas).
Não é o lugar aqui de detalhar a complexa formação do califado, mas apenas nos restringir ao que mais nos torna confusos, perplexos e escandalizados por usar a violência pela violência como marca identitária. Entre os muitos estudos sobre o fenêmeno cabe destacar dois italianos que viveram de perto esta violência: Domenico Quirico (Il grande Califfato 2015) e Maurcio Molinari (Il Califfato del terrore, Rizzoli 2015).
Quirico narra que se trata de uma organização exclusivamente masculina, composta por gente, em geral, entre 15-30 anos. Ao aderir ao Califado apaga todo o passado e assume nova identidade: de levar a causa islâmica até a morte dada ou recebida. A vida pessoal e dos outros não possui nenhum valor. Traçam uma linha rígida entre os puros (a tendência radical islâmica deles) e os impuros (todos os demais, também de outras religiões com os cristãos, especialmente os armênios). Torturam, mutilam e matam sem qualquer escrúpulo. Ou se convertem ou morrem, geralmete degolados. Mulheres são sequestrasdas e usadas como escravas sexuais pelos combatentes que as passam entre si. O assassinato é louvado como um “ato dirigido para a purificação do mundo”.
Molinari conta que jovens iniciados por um video sobre as decapitações, pedem logo para serem decapitadores. Parte dos jovens são recrutados nas periferias das cidades européias. Não apenas pobres, mas até um laureado de Londres com boa situação financeira e outros do próprio mundo árabe. Parece que a sede de sangue clama por mais e mais sangue e pela morte fria e banal de crianças, idosos e de todos os que relutam em aderir ao islamismo.
Financiam-se com o sequestro de todos bens das cidades conquistadas da Síria e do Iraque, mas especialmente do petróleo e gás dos poços arrebatados, propiciando-lhes um ganho, segundo analistas de energia, de cerca de três milhões de dólares/dia, geralmente vendidos a preços muito mais baixos nos mercados daTurquia.
O Estado Islâmico recusa qualquer diálogo e negociação. O caminho só possui uma via: a violência de matar ou de morrer.
Esse fato é perturbador, pois coloca a questão do que é o ser humano e do que ele é capaz. Parece que todas as nossas utopias e sonhos de bondade se anulam. Perguntamos em vão aos teóricos da agressividade humana, como Freud, Lorenz, Girard. As explicações nos soam insuficientes.
Para Freud, a agressividade é expressão da dramaticidade da vida humana, cujo motor é a luta renhida entre o princípio de vida (eros) e o princípio de morte (thánatos). Descarrega-se a tensão para fins de auto-realização ou proteção. Para Freud, é impossível aos humanos controlar totalmente o princípio de morte. Por isso, sempre haverá violência na sociedade. Mas por leis, pela educação, pela religião e, de modo geral, pela cultura pode-se diminuir sua virulência e controlar seus efeitos perversos (cf. Para além do princípio do prazer, Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976, v. 5).
Para Konrad Lorenz (1903-1989), a agressividade é um instinto como outros e destina-se a proteger a vida. Mas ela ganhou autonomia, porque a razão construíu a arma mediante a qual a pessoa ou o grupo potencializa sua força e assim pode se impôr aos demais. Criou-se uma lógica própria da violência. A solução é encontrar substitutivos: voltar à razão dialogante, aos substitutivos, como o esporte, a democracia, o autodomínio crítico do próprio entusiasmo que leva à cegueira e, daí, à eliminação dos outros. Mas tais expedientes não valem para os membros do Califado.
No entanto, Lorenz reconhece que a violência mortífera somente desaparecerá quando se der aos homens, por outro modo, aquilo que era conquistado mediante aforça bruta (cf. Das sogenannte Böse: Zur Naturgeschichte der Aggression. Viena 1964).
René Girard com seu “desejo mimético negativo” que leva à violência e à identificação permanente de “bodes expiatórios” pode se transformar em “desejo mimético positivo” quando ao invés de invejar e de se apoderar do objeto do outro, decidimos compartilhá-lo e desfrutá-lo juntos. Mas para ele a violência na história é tão predominante que lhe significa um mistério insondável que não sabe como decifrar. E nós também não.
Na história há tragédias, como viram bem gregos em seus teatros. Nem tudo é compreensível pela razão. Quando o mistério é grande demais, é melhor calar e olhar para o Alto, de onde, talvez nos venha alguma luz.
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