Calor do Nordeste
Os hotéis da Praia de Boa Viagem, em Recife, neste fim de semana, estavam lotados. Um deles, no qual fiquei, teve que mudar o local do café da manhã para caberem os 600 hóspedes. E era um fim de semana normal. O Nordeste continua com sinais de forte crescimento. De 1995 a 2009, foi a região que mais cresceu sua participação no PIB: de 12% para 13,5%.
Os dados divulgados na quarta-feira pelo IBGE mostram como o Brasil é concentrado: cinco cidades têm 24% do PIB. Só a cidade de São Paulo é quase um Nordeste inteiro.
Renda, crescimento e PIB concentrados, o Brasil sempre teve. O fenômeno interessante dos últimos anos foi o crescimento mais forte de regiões como o Centro-Oeste ou o Nordeste. A crise tirou um pouco do gás, produziu alguns números negativos, mas quem vai lá sente que o clima ainda é de crescimento.
Ele é generalizado. Acontece em vários segmentos, às vezes por um investimento específico, às vezes pelo desempenho dos setores.
O setor de serviços nordestino passou a representar 14,1% dos serviços brasileiros. Era 12,4% em 1995. O comércio foi de 13,2% para 15,5%, a indústria saiu de 10% para 12,2%. Na produção e distribuição de serviços públicos — água, gás, esgoto, limpeza urbana — a participação do Nordeste saltou de 12,4% para 19,3% do total do país. Na agropecuária, caiu de 22,9% para 18,2%, enquanto o Centro-Oeste aumentou de 11,4% para 19,5%.
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