POR QUE O CHARLIE HEBDO DEVE SER CRITICADO
"Se você realmente respeita tanto o Charlie Hebdo pelo seu caráter iconoclasta, então aprenda com ele a ser iconoclasta e entenda que idolatrar um jornal, um cartunista ou um slogan é estar cego para a crítica que você jura defender", diz Plínio Zúnica, estudante de cultura árabe e autor de um texto (Je ne suis pas Charlie), que viralizou na internet; Zúnica argumenta que a principal razão para não ser Charlie é o luto seletivo; "por que e de que modo a sociedade, a política e a mídia internacional escolhem quais mortes valem uma primeira página de jornal, um encontro de líderes mundiais andando de mãos dadas ou um slogan de solidariedade no seu facebook?", questiona; Zúnica lembra ainda que o Charlie contribuía para um processo de desumanização do oprimido, "uma ferramenta vital para possibilitar a opressão sem que o opressor se sinta culpado"
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