Lula diz que não será derrotado por ‘vagabundo’
Lula levou a face à vitrine nesta quarta-feira. Compareceu à posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, uma casa sindical que presidiu na década de 70. Ao discursar, anunciou que voltará a correr o país em 2013. Soou como alguém que se considera ameaçado. “Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder”, disse.
Embora não tenha dado nome aos bois, Lula referia-se a Marcos Valério. Em 24 de setembro, com a alma incendiada pela condenação do STF, o operador do mensalão usufruiu da atmosfera refrigerada de um gabinete da Procuradoria da República por três horas e meia. Prestou um depoimento no qual lançou Lula na fogueira. Disse que ele recebeu dinheiro sujo para pagar despesas pessoais e autorizou os empréstimos de fancaria que forniram as arcas clandestinas do PT.
Convertida em ato de desagravo a Lula, a cerimônia do sindicato arrastou políticos do PT e do PCdoB, direigentes da UNE e de entidades sociais. O ambiente foi adornado com faixas belicosas: “Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”. Oradores inflamados criticaram os meios de comunicação e o Poder Judiciário. Como se a imprensa e o STF fossem responsáveis pelo relacionamento vadio que o PT e o governo Lula mantiveram com Valério no primeiro reinado do petismo.
Presidente da CUT, Vagner Freitas atribuiu os dissabores experimentados por Lula a uma suposta perseguição elitista. “A elite percebeu que não consegue ganhar as eleições, então quer jogar no tapetão, no Poder Judiciário”, disse o companheiro. “Se quiserem colocar a democracia em jogo, vamos para a rua pelo direito de eleger quem quisermos.”
O mandachuva do baronato sindical ainda não se deu conta. Mas o Brasil vive sob a égide do Estado democrático de direito. A CUT não precisa ir às ruas pelo direito de votar livremente. Todo mundo pode votar em quem quiser, exceção feita aos mensaleiros condenados. Esses, além de estar com a cidadania política suspensa, talvez estejam na cadeia na próxima eleição.
Lula diz que não será derrotado por ‘vagabundo’
Lula levou a face à vitrine nesta quarta-feira. Compareceu à posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, uma casa sindical que presidiu na década de 70. Ao discursar, anunciou que voltará a correr o país em 2013. Soou como alguém que se considera ameaçado. “Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder”, disse.
Embora não tenha dado nome aos bois, Lula referia-se a Marcos Valério. Em 24 de setembro, com a alma incendiada pela condenação do STF, o operador do mensalão usufruiu da atmosfera refrigerada de um gabinete da Procuradoria da República por três horas e meia. Prestou um depoimento no qual lançou Lula na fogueira. Disse que ele recebeu dinheiro sujo para pagar despesas pessoais e autorizou os empréstimos de fancaria que forniram as arcas clandestinas do PT.
Convertida em ato de desagravo a Lula, a cerimônia do sindicato arrastou políticos do PT e do PCdoB, direigentes da UNE e de entidades sociais. O ambiente foi adornado com faixas belicosas: “Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”. Oradores inflamados criticaram os meios de comunicação e o Poder Judiciário. Como se a imprensa e o STF fossem responsáveis pelo relacionamento vadio que o PT e o governo Lula mantiveram com Valério no primeiro reinado do petismo.
Presidente da CUT, Vagner Freitas atribuiu os dissabores experimentados por Lula a uma suposta perseguição elitista. “A elite percebeu que não consegue ganhar as eleições, então quer jogar no tapetão, no Poder Judiciário”, disse o companheiro. “Se quiserem colocar a democracia em jogo, vamos para a rua pelo direito de eleger quem quisermos.”
O mandachuva do baronato sindical ainda não se deu conta. Mas o Brasil vive sob a égide do Estado democrático de direito. A CUT não precisa ir às ruas pelo direito de votar livremente. Todo mundo pode votar em quem quiser, exceção feita aos mensaleiros condenados. Esses, além de estar com a cidadania política suspensa, talvez estejam na cadeia na próxima eleição.
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