quarta-feira, 29 de maio de 2013





Rovai e Interagentes: Como evoluiu o boato sobre o Bolsa Família



PODER

Maioria no PMDB é a favor do rompimento com o PT

EVARISTO SA: Brazilian President Dilma Rousseff and her Vice President Michel Temer talk during the launching ceremony of the new National Borders policy at Planalto Palace in Brasilia, on June 8, 2011. AFP PHOTO/Evaristo SA
Se depender de peemedebistas, o casamento Dilma-Temer pode chegar ao fim; ambos os partidos estão em pé de guerra em doze Estados, que somam 314 dos 477 delegados do PMDB, o que definiria o fiml oficial da aliança com o PT se a convenção fosse hoje

domingo, 26 de maio de 2013

OLHA SÓ!




Kaiser Chiefs - Ruby

Music video by Kaiser Chiefs performing Ruby. (C) 2006 B-Unique Records Under exclusive license to Polydor Records Ltd. (UK)
  • OFICIAL


TOMA NOTA!!!!!!


LOGOTIPOS CURIOSOS 2. Pediatria ou...

.

LOGOTIPOS CURIOSOS 1. O sol que abunda

 
Você pode até se surpreender, mas esse logo pertence ao Instituto de Estudos Orientais e revela o sol nascente por trás de uma construção. Mas... 


Amigo de José Genoino ataca Gurgel no CNMP
3

Josias de Souza
Conselheiro amigo de Genoino para Gurgel: ‘Estou determinando, não me submeto a V. Exa.’
Gurgel: ‘Respeito ao procurador-geral’
Representante da Câmara dos Deputados no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), o advogado Luiz Moreira Gomes Júnior declarou guerra ao procurador-geral da República Roberto Gurgel, que preside o conselho. Ligado ao PT e amigo do deputado petista José Genoino, Moreira constrangeu Gurgel numa reunião plenária do CNMP. Realizada há cinco dias, a sessão descambou para o bate-boca.
Em ofício datado de 16 de abril, o conselheiro Luiz Moreira havia solicitado informações sobre procedimentos administrativos da gestão de Gurgel. Entre outras coisas, pedira a relação de todos os servidores comissionados e os balanços de um programa de saúde e assistência social da Procuradoria da República. Pelo tom dos seus textos, Moreira buscava confirmar irregularidades.
Como as informações não lhe foram repassadas, Moreira rodou a baiana em public na última terça-feira (21). Numa sessão presidida por Gurgel, o conselheiro leu os ofícios que trocara com o secretário-geral do Ministério Público Federal, Lauro Pinto Cardoso Neto. Em sua última resposta, Lauro Cardoso, auxiliar de Gurgel, questionara a legalidade dos pedidos e aconselhara Moreira a submetê-los ao plenário do CNPM.
Dirigindo-se a Gurgel, Moreira declarou: sou conselheiro “por mandato a mim conferido pelo Congresso Nacional. Então, não adianta membro do Ministério Público se negar a cumprir determinação minha.” Mais adiante, olhos fixos em Gurgel, o amigo de Genoino provocou o procurador-geral: “Estou dizendo claramente: parece que o Ministério Público Federal se nega a reconhecer a autoridade deste conselho.” Gurgel subiu no caixote:
— É um juízo de V. Exa., absolutamente incorreto.
Luiz Moreira não se deu por achado:
— O que é que eu estou determinando, sr. presidente, mandei para V. Exa.: que me seja entregue o acesso aos documentos, determinando…
— O pedido de V. Exa. será examinado.
— Eu estou determinando, não estou me submetendo a V. Exa.
— Nem eu a V. Exa..
— Não estou submetido a V. Exa..
— Respeito ao procurador-geral da República, doutor Luiz Moreira. Respeito ao procurador-geral da República.
— O que tem que haver, senhor presidente…
— Respeito ao procurador-geral da República. Eu não vou tolerar esse tipo de provocação aqui.
— Eu não estou desrespeitando ninguém. Eu não me submeto a nenhum dos membros desse conselho.
Procurador Regional da República em São Paulo e também membro do CNMP, Mario Luiz Bonsaglia tomou as dores de Gurgel: “V. Exa. se submete à lei, ao devido processo legal”, disse ele a Moreira. “V. Exa. não têm base procedimental para fazer essas requisições abusivas, arbitrárias…”
Luiz Moreira deu de ombros. “Eu requisitei as cópias, simple cópias… Que eu saiba, a lei nesta República vale para todo mundo. Então, antes eu pedia, agora estou determinando.” Ao notar que Mario Bonsaglia torcia o nariz, Moreira atiçou: “O senhor tem algum problema com esse verbo ‘determinar’, conselheiro Mario Bonsaglia?”. E o interlocutor: “Eu tenho problema com pessoas arbitrárias e abusivas.”
A resposta de Moreira derrubaria as cortinas, expondo as razões mais profundas de sua ira. Lamentou que Mario Bonsaglia não tivesse reagido quando ele foi “vítima” do que chamou de “campanha anônima.” Ironizou: “Nunca vi V. Exa. se posicionar contra tais arbitrariedaes”
Moreira referia-se a um dossiê enviado aos senadores na época em que seu nome foi submetido à aprovação dos congressistas. A peça retardou sua recondução à poltrona de conselheiro do CNMP por quase um ano. Presidente da Câmara na época, Marco Maia (PT-RS) chegou mesmo a se queixar por escrito junto a José Sarney (PMDB-AP), que presidia o Senado.
A oposição e os senadores “independentes” atribuíam a demora às dúvidas que assediavam a reputação de Luiz Moreira. Ex-procurador da República, Pedro Taques crivara-o de perguntas numa sabatina na Comissão de Justiça do Senado (assistaaqui).
As acusações envolviam desde o suposto direcionamento na distribuição de processos no CNMP até a tentativa de obter na OAB do Ceará um registro para o exercício da advocacia sem o necessário teste de avaliação e com declaração de residência alegadamente falsa.
De resto, descobrira-se que Moreira cedera o carro oficial do CNMP para conduzir José Genoino ao Ministério da Defesa, onde ele ocupava o cargo de assessor especial, do qual se demitiu depois da dupla condenação no julgamento do mensalão.
Ao reassumir a presidência do Senado, em fevereiro de 2013, Renan Calheiros (PMDB-AL) cuidou de desengavetar a recondução de Luiz Moreira ao CNMP. Acossado por questionamentos dos colegas que se opunham à votação, Renan declarou-se impressionado com o lobby feito no Senado contra Moreira.
Irritado com Gurgel, que requisitara no STF a abertura de inquérito contra ele, Renan mencionou o nome de um assessor do procurador-geral como operador do lobby. No embate de cinco dias atrás, Moreira escorou-se em Renan para fustigar o procurador-geral:
— É de todos conhecido que fui vítima de uma campanha anônima, com dossiê anônimo, capitaneado pelo assessor parlamentar do senhor procurador-geral da República, conforme as palavras do presidente do Senado Federal.
— É juizo de V. Exa., Gurgel rebateu.
— Não, juízo não!
— Peço que conclua, temos uma pauta…
— …Se eu não tivesse sido interrompido, já teria concluído. Não é juizo de valor, não. Consta das palavas do presidente do Senado Federal, no dia da minha votação. Ele declina a participação do senhor José Arantes, assessor parlamentar do Ministério Público Federal. Esse assessor, ligado a V. Exa. fez campanha…
—O presidente do Senado se equivoca.
— Mas ele não foi sequer respondido.
O procurador Mario Bonsaglia pediu a palavra uma vez mais. Voltou a chamar Luiz Moreira de arbitrário. Disse que, se ele dispõe de informações sobre irregularidades na Procuradoria, deveria requerer a abertura de processo no CNMP. Os autos seriam distribuídos a um relator, a quem caberia requisitar informações, se julgasse necessário. Arrematou: “Essa atuação do conselheiro fora do devido procedimento legal preocupa muito e merece providências desse conselho.
Luiz Moreira voltou ao microfone: “O que preocupa muito, da parte do conselheiro Mario Bonsaglia, é a aplicação por parte dele de dois pesos e duas medidas aqui neste conselho. V. Exa., tão rígido quando se trata de Ministério Público dos Estados, e tão corporativo quando se trata do Ministério Público Federal. “Repudio o que V. Exa diz”, retrucou Mario Bonsaglia. “Não aceito a sua ofensa.” E Luiz Moreira: “Não me importa se o senhor aceita ou não…”
Quem observa de longe fica com a impressão de que, mantido esse padrão de linguajar, os conselheiros podem abandonar o tratamento cerimonioso de Vossa Excelência.
- ServiçoAqui, o áudio do pedaço da sessão do CNMP em que ocorreu o destampatório. Tem 27min53s.

Plantas bioluminescentes poderão funcionar como "lâmpadas"

Por Paulo Gurgel Carlos da Silva, Do Portal Luis Nassif
Blog EntreMentes

Criar plantas bioluminescentes que funcionem como "lâmpadas" em nossas ruas poderá ser uma realidade em menos tempo do que pensamos. Graças a uma iniciativa do Kickstarter, os cientistas procuram substituir a forma tradicional de iluminação, obtida a partir do consumo de eletricidade, por um sistema mais eficiente baseado em biologia sintética, engenharia genética e biotecnologia.

Todas as coisas vivas armazenam em seu DNA as instruções genéticas necessárias ao seu desenvolvimento. Durante cerca de 40 anos, temos sido capazes de manipular o genoma (conjunto de genes de um dado organismo) de diferentes seres vivos, de uma forma controlada em laboratório, através das técnicas de engenharia genética e dos avanços na biotecnologia. No entanto, por milhares de anos, essas modificações genéticas têm ocorrido por meio de técnicas não controladas, como a auto-seleção de determinadas culturas e outras ações nas áreas da agricultura e da pecuária.

Como podemos ver pelas primeiras investigações da Polícia Federal (PF), foi um ato organizado e criminoso a onda de boatos espalhada no fim de semana passado sobre o fim do Bolsa Familia. Dessa forma a oposição, que vestiu a carapuça logo que se denunciou que a boataria era sabotagem com fins políticos e eleitorais, ficou mal na foto, já que de pronto foi a primeira a afastar exatamente qualquer hipótese de um ato criminoso e organizado. Partiu de uma central de telemarketing com sede no Rio, este boato de que o Bolsa Família, o principal programa social do governo, iria acabar. Mensagem de voz distribuída pela central da empresa, rapidamente divulgada por emissoras de rádio, anunciaram o fim do programa, conforme os dados iniciais do inquérito aberto por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo.
Publicado em 25-Mai-2013

Enviado por Ricardo Noblat - 
26.5.2013
 | 2h19m
GERAL

Em SP, Marcha das Vadias estimula mulheres a denunciar agressões

O Globo
A Marcha das Vadias, em sua terceira edição em São Paulo, percorreu neste sábado as ruas da região da Avenida Paulista e do centro da capital. Na ocasião, manifestantes distribuíram cartões informativos de onde as mulheres podem denunciar a violência sofrida e ainda sobre pontos de apoio às vítimas da violência.
O tema deste ano proposto pelo coletivo feminista, “Quebre o Silêncio”, tem por objetivo incentivar que as violências sexual e doméstica sejam denunciadas. Segundo a Marcha das Vadias, a cada dia, em média, 2.175 mulheres telefonam para o 190 denunciando que são vítimas de violência. Em 89 % dos casos, o agressor é o companheiro ou ex-companheiro da mulher.



RELATO TOCANTE DE BETE MENDES SOBRE A TORTURA




Presa e torturada durante a ditadura, a atriz Bete Mendes, que foi a primeira a denunciar o coronel Brilhante Ustra, fala sobre sua experiência e diz como foi humilhada, seviciada e vilipendiada pelo regime militar

26 DE MAIO DE 2013

Sobrevivente da ditadura, a atriz Bete Mendes, relatou à jornalista Eleonora de Lucena, da Folha, sua experiência na prisão, onde foi torturada. Leia abaixo:

Sobrevivi à tortura
(...) Depoimento a
ELEONORA DE LUCENA

Fui presa duas vezes. Na primeira, não fui torturada fisicamente. Na segunda, foi total. Fui torturada [em 1970] e denunciei [o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra]. Isso me marcou profundamente. Não desejo isso para ninguém --nem para meus inimigos. A tortura física é a pior perversidade da raça humana; a psicológica, idem.

Não dá para ter raiva [de quem me torturou]. A gente é tão humilhado, seviciado, vilipendiado que o que se quer é sobreviver e bem. Estou muito feliz, sobrevivi e bem. E não quero mais falar desse assunto.

Superei isso com tratamento psicológico e com trabalho. Agradeço à família, à classe artística, aos amigos que foram meu alicerce.

Carlos Zara me convidou para fazer a novela "O Meu Pé de Laranja Lima", e isso me salvou. Continuei o trabalho artístico, fui fundadora do PT, fui deputada federal duas vezes e secretária da Cultura de São Paulo.

Comecei a fazer teatro e cantar com seis anos de idade. Com oito já participava de manifestações de alunos. Era do grêmio do colégio, depois fui para o diretório da faculdade. Em bibliotecas públicas ou pegando livros emprestados lia tudo: Rousseau, Marx, Mao, Lênin, Gorki, Aristóteles. Depois, adotei o codinome de Rosa em homenagem a Rosa Luxemburgo.

VAR-PALMARES

Na adolescência escrevi textos de peças de teatro. Quando fui presa, eles levaram esses textos. Achavam que eles eram prova de crime, que depunham contra mim. Nunca mais os recuperei. Era coisa tão pouca, boba, pessoal.

Quando fecharam as portas à democracia, me senti usurpada, revoltada, aprisionada. Achei que a única saída era entrar numa organização revolucionária contra a ditadura militar. Entrei na VAR-Palmares. Fizemos aquela opção. Foi certa, errada? É difícil julgar hoje.

A minha visão era a revolução socialista: tirar poder dos militares, dos opressores, do capitalismo selvagem. Deixar a gente governar para o bem de todos, com todos participando.

Eu tinha 18, 19 anos, e achava que podia fazer tudo. Não tinha consciência do risco imenso que estava correndo. Era atriz de uma novela que explodia no Brasil, "Beto Rockfeller", estudava ciências sociais na Universidade de São Paulo e participava de uma organização clandestina revolucionária. Aí deu zebra.

O medo era a pior coisa que a gente sentia na época. Historicamente tem que se reconhecer que nós entramos numa ditadura muito mais pesada do que foi dito no passado. Isso vai sendo desdito atualmente pela Comissão da Verdade.

Hoje não tenho medo de retrocesso, mas é preciso prestar atenção em manifestações como de movimentos nazistas em vários países e no Brasil. Por exemplo? O coronel Brilhante Ustra faz parte desse movimento. Ele tem um site. Há jovens fazendo movimento nazista.

DEMOCRACIA

É um receio. É preciso ser cauteloso em relação a movimentos que podem ser prejudiciais ao avanço democrático. Mas impedir jamais, porque a gente legitima a manifestação de todos, de opiniões diversas. É preciso cuidar da democracia para que esses movimentos não cresçam.

Sou política como qualquer cidadão. Sou cidadã, atriz, socialista. O socialismo se constrói todo dia. Não temos o modelo socialista do passado, mas a gente constrói um novo. Quero continuar trabalhando como atriz e viajar mais. Poder viver essa democracia até morrer. Sonho político? Que o trabalho escravo acabe no Brasil.

Estou aqui viva e feliz. Minha vida é muito efervescente. Emendei três trabalhos na televisão. Faço o que eu gosto: ser atriz. Não vamos ficar presos no passado. O que eu tinha que dizer disse com todas as letras na época. "Revival" não tem sentido. Meu assunto hoje é [a novela] "Flor do Caribe".

Problema de audição? Tenho. É que eu fui torturada. [Fica com os olhos marejados].



São Gonçalo Notícia

Urariano Mota: Os macacos antigos agora vão além dos negros

publicado em 24 de maio de 2013 às 18:19

Balotelli, o craque da seleção italiana, tem sido vítima de humilhações nos estádios. Foto: Wikipedia
Gringos e macacos  
por Urariano Mota, em Direto da Redação 
Um jovem de grande inteligência e observação, que conhece muitos países europeus, me enviou esta mensagem ontem:
“Para muitos gringos, os brasileiros, os que não são europeus, não passam de macacos. Aquilo que o senhor escreveu em O filho renegado de Deus ainda acontece na Europa. Aquilo não está só como os gringos viam um negro no Recife em 1961. Mas muita gente tenta esconder essa realidade. Ou fazer de conta que não acontece. Mas acontece, todos os dias, ainda hoje”.
E de fato, amigos, leio na Folha de São Paulo nesta quinta-feira  que  jovens da periferia, lá na exemplar Suécia, revoltados, queimaram carros. E que esses protestos começaram depois da repressão policial ter matado um imigrante velho.
Pior, a mesma polícia que matou abre investigação sobre o crime. Mas nem com tal providência evitou a revolta dos jovens. Eles acusam as forças de segurança de abuso de autoridade, de bater em idosos e crianças e de chamar os imigrantes, na maioria negros, de ‘macacos’…”.
Então ligo a mensagem recebida à notícia de hoje, e por isso navego pela internet para ver o quanto a Europa e os Estados Unidos em crise descontam nas costas dos imigrantes os problemas econômicos.
O novo aqui – se novidade há – é o crescimento do ódio em velhos preconceitos contra os latinos, africanos, ou de um modo mais amplo, contra os não-europeus. Assim ocorre na Itália, onde a nova ministra da Integração, Cecile Kyenge, vem recebendo insultos por ser negra e mulher. Sites de extrema-direita a têm rotulado como “macaco congolês”.
Assim é com o jogador Mario Balotelli, o craque da seleção italiana, que tem sido vítima de humilhações nos estádios, como no San Siro, em que a torcida da casa fez barulhos e imitações de macacos para provocá-lo. No primeiro tempo, o atleta mandou a torcida adversária se calar, porém perto do fim do segundo tempo a situação ficou insustentável e o juiz  teve que paralisar o jogo por alguns minutos.
Essas notícias falam que esse não foi um caso isolado. Em Portugal, a situação se repete com uma brasileira de nome Kelly dentro do BBB português. Recentemente, Macau, um dos participantes do Big Brother de Portugal, imitou um macaco enquanto Kelly tomava banho. Já na Espanha, depois de fazer uma falta no atacante Cristiano Ronaldo, na derrota do Barcelona para o Real Madrid, por 2 a 1, o lateral-direito Daniel Alves teve que ouvir insultos no Santiago Bernabéu, de acordo com a imprensa espanhola. O brasileiro, já nos últimos minutos do jogo, escutou sons de imitações de macacos vindos das arquibancadas do estádio.
Esse tem sido um comportamento repetido, da Inglaterra à França, mais a Grécia e onde a crise econômica desponta. O insulto e o desprezo por humanos diferentes  não é novo. A novidade é que os macacos antigos agora vão além dos negros, atingem os muçulmanos, imigrantes pobres, pessoas de pele clara, e tudo que for estranho.
Enquanto escrevo, recebo a informação de que os estrangeiros não gostam de ser tratados  por “gringos” no Brasil. É natural e justo que não se sintam bem. Mas em um contexto de incompreensões e discórdia,  creio que o leitor entenderá o título da coluna.
O trecho do romance O filho renegado de Deus a que o jovem se referiu é este:
“- Eu serei o seu guia e intérprete no Recife, excelência.
Então uma jovem ao lado de Ted Kennedy, com jeito de fina, educada, parecendo uma condessa, então essa senhora vai falar para Edward, em gíria do Sul dos Estados Unidos:
- Quem vai nos servir é este macaco?!
Sim, então nessa frase o negro Filadelfo sentirá, com tamanha raiva, mágoa que o deixará ferido, então o negrinho vai sentir que serão crescidas dentro de si florestas de macacos, um povo de grandes símios, um mato, uma cerrada população de árvores onde pulam chimpanzés como ele, como sua mãe, como sua avó escrava, um povo de caricatura a pular entre árvores, onde se confundem os colonizadores filhos de colonizadores, netos de colonizadores, todos de capacete e rifle em safáris. É natural que não diga nem ao padrinho Manoel de Carvalho, pois o espírito acima de tudo não o perdoaria, e Filadelfo não podia contar que apenas respondeu, quando deveria cuspir, escarrar no imaculado e gentil braço da suave dama, mas apenas disse:
- Senhora, eu não sou macaco.
- Oh, não, o senhor entendeu mal, ela não disse isso – meio a contragosto contemporizou o nobre representante dos Estados Unidos. Ao que ele, o macaco que falava, apenas disse:
- Senhor, eu falo inglês e entendo bem as suas gírias”.
Leia também:
O Dia: Polícia vai investigar racismo contra judoca
Fátima Oliveira: A Seppir precisa “pegar o touro à unha”

ESCOLHA DE BARROSO FOI GOLPE DE MESTRE DE DILMA

Publicado em 24/05/2013

PERGUNTAS DO SENADO
AO DR BARROSO

O senhor acha que o artigo 52, Inciso X da Constituição é inconstitucional ?
Com a indicação da Presidenta Dilma, cabe agora proceder-se à sabatina no Senado, para homologar a escolha.

O que costuma ser, apenas, um ritual, embora a indicação de Gilmar Dantas (*) – a mais maldita das heranças de Fernando Henrique – tenha sido polêmica, sob a pressão moral e intelectual de um artigo do professor Dalmo Dallari.

Para que a sabatina no Senado possa revelar à opinião pública as ideias que o professor Barroso levará à Corte, o ansioso blog sugere um conjunto de perguntas, especialmente à inoperante bancada do PT – clique aqui para ler o artigo do professor Wanderley sobre o cerco à Presidenta Dilma.

Por exemplo:

O senhor considera o Golpe de 1964 um “mal necessário” ?

Os partidos brasileiros uma mentirinha ?

O senhor anistiará a Lei da Anistia ?

O senhor acha que o Brasil deveria rasgar a adesão à Carta dos Direitos Humanos da OEA ?

O senhor votará fora dos autos ?

O senhor gosta dos holofotes da Globo ?

O senhor votará de olho na câmera da Globo instalada pela TV Justiça, a tempo de sair no jornal nacional ?

O senhor é favor de fechar a TV Justiça ?

A festa dos seus 60 anos será no Golden Room do Copa, financiada pelo advogado Sergio Bermudes ?

O senhor tem algum parente que trabalhe no escritório do Dr Bermudes ?

O senhor tem algum parente candidato a desembargador, ministro ou qualquer outro posto na Magistratura ?

O senhor tem alguma parente que mantenha atividades profissionais advocatícias em torno do Supremo, mesmo que não seja a serviço do dr Bermudes ?

Quando vai a Nova York, o senhor se hospeda no apartamento o Dr Bermudes na Quinta Avenida ?

Apesar de ter sido advogado de Daniel Dantas, o senhor legitimará a Operação Satiagraha, prestes a ser submetida ao plenário pelo presidente Barbosa ?

O senhor daria HCs Canguru, mesmo depois de assistir a essa histórica reportagem do jornal nacional ?

O senhor manterá negócios particulares, ainda que na área de educação à distância, depois de ministro ?

O senhor pretende reforçar o salário de ministro com aulas na escolinha do professor Gilmar ?

O senhor acusará a Presidenta que o nomeou do crime de “gigantismo” ?

O senhor vai à noite de autógrafos do Ataulfo Merval de Paiva (**) ?

O senhor acha que o domínio do fato dispensa prova ?

Que “provas tênues” bastam para condenar ?

Que a “verdade é uma quimera” ?

O senhor toca guitarra em público ?

Troca de gravatas para a Globo ?

A Visanet é estatal ?

O senhor acha o Genoino ladrão ?

O senhor acha que Genoino é quadrilheiro, ou que ele entrou na quadrilha só para pegar o Dirceu ?

O mensalão foi provado, ou, como o Neymar, ainda está por provar-se ?

Se o mensalão para comprar deputados não invalida a Reforma da Previdência, que mensalão é esse – como se perguntou o Mauricio Dias ?

O senhor acha que o professor Luizinho, líder do PT na Câmara, levava grana, todo mês, para votar no PT ?

O senhor acha que coligação de partidos deve acabar no momento em que se realiza a eleição, com o pregou o Big Ben de Propriá ?

O senhor condenaria alguém se a única “prova” contra ele fosse uma entrevista muitas vezes desmentida do Thomas Jefferson à Folha (***) ?

O senhor considera o Thomas Jefferson um Herói da Pátria ?

Nos seus julgamentos o senhor rasgará pareceres do Tribunal de Contas da União ?

Considera que o Duda não tem direito à dupla jurisdição ?

Que o artigo 52, Inciso X da Constituição foi abduzido pelo Gilmar e pelo Eros e se tornou “inconstitucional” ?

O senhor acha que é o Barbosa quem deve cassar o Genoino ?

Ou a Câmara, por voto aberto ?

O senhor reconhece a plenitude da liberdade de expressão, tal qual a histórica decisão do Ministro Celso de Mello, em ação de Daniel Dantas, seu ex-cliente, contra o ansioso blogueiro ?

O senhor acusará um repórter de “chafurdar na lama”?

O senhor considera o Presidente Lula “um safo” ?

O senhor concorda com o Ministro Pertence que, ao se referir ao MP, disse “criei um monstro”?

O que o senhor entende por “soberania popular” ?

O senhor será um juiz apartidário, ou expressará suas inclinações politicas no PiG (****) e nos votos ?

Por fim, o senhor acha que o Brasil tem que ser governado pelo Supremo ?

Em tempo: o PT elegeu algum senador ?


Paulo Henrique Amorim