Tento, mas não consigo entender o Mano
LProfessori a entrevista, de página cheia, com Mano Menezes no jornal o Globo de ontem. Manteve sua linha de respostas "pasteurizadas", não diz muita coisa concreta e direta. Justifica algumas convocações e fica em cima do muro com o Kaká. É confusa. Como o trabalho dele até agora. O que mais causou polêmica (e realmente chama atenção) é sobre Neymar. Para o treinador, o jogador ficando aqui está mais exposto já que para dar mais retorno tem uma agenda recheada de compromissos. Compara com Messi que só pensa em treinar e jogar.
Tentando entender o que passa na cabeça dele, pode até ter razão. Mas no momento em que o futebol brasileiro tenta ser mais profissional em vários clubes com planejamento de receita e despesas, melhores condições de trabalho para todos, o técnico da seleção nacional não pode querer empurrar o principal talento para fora.
Neymar não é Messi. Nem no futebol e muito menos na personalidade. São pessoas e jogadores bem diferentes. Se ele curte jogar no Santos, jogar no seu país, se pensa mais em seu bem estar, do que em grana, porque mesmo ganhando muito bem, lá poderia faturar mais, que o garoto fique aqui.
O amadurecimento não precisa de lugar. Um dos grandes problemas da seleção, nos últimos anos, é a perda da identidade com a torcida com o time. Jogadores nem mais se apresentam por aqui. Se encontram na Europa, jogam e ficam por lá.
Em uma parte da entrevista, ele diz que estamos jogando diferente da Europa. Lá se utiliza uma faixa mais estreita do campo. Da linha defensiva até a última linha do ataque é outra. Lá entre 25 e 30 metros. Aqui, 45 a 60. Que o jogador brasileiro precisa de espaço maior e isto é complicado o treinador da seleção mudar.
Dá um tempo. É muita teoria. Prefiro ir pela linha de que o nosso futebol perdeu identidade, exatamente por causa destas teorias. O Brasil tem de voltar a jogar seu futebol, ter um time com a cara do nosso futebol. Que um dia já foi bem parecendo com o do Barcelona - que é o time que mais encanta no momento.
Foi por causa de gente teórica e "professores", como o Mano, que estamos onde estamos. E o pior: com poucas perspectivas.(Blog do Teo José).
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