quarta-feira, 21 de novembro de 2012


GERAL

Entrevista espanto: a garota que leiloou sua virgindade

Blog de Ricardo Setti
Amigas e amigos do blog, é tudo um espanto, do ponto de vista moral: um cineasta australiano que decide realizar um documentário sobre uma garota disposta a leiloar sua virgindade (Virgins Wanted, cujo site está neste link) e filmar seu dia a dia até depois de consumado o ato; garotas dispostas a se submeter a isso — foram várias, em número não revelado, desde que Justin Sisly começou seu “projeto”, há dois anos; homens interessados em participar disso; e, naturalmente, um público ávido para acompanhar tudo, desde o show de lançamento do filme até a grande expectativa que já está provocando mundo afora.
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Sisly vinha ao Brasil para assistir a um desfile de modas de que sua escolhida, Catarina Migliorini, garota de 20 anos de Itapema (SC), iria participar, no Rio, mas teve seu visto de entrada recusado pelo Itamaraty com base em artigo do Código Penal que fala em prostituição e exploração sexual. Catarina, que está na Austrália, acabou também não vindo ao Rio.

Catarina Migliorini

Segundo autoridades, o cineasta poderia ser preso se desembarcasse, com base no artigo 231 do Código, que diz: “Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro”. (A pena para esse crime chega a oito anos de prisão.)
O fato envolveu até um dos subprocuradores-gerais da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, que ordenou uma investigação sobre o caso. Num ofício que teria sido encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, segundo o portal Terra, Mello Filho estaria recomendando um contato com as autoridades policiais e judiciárias da Austrália para impedir a consumação do ato. O subprocurador também teria solicitado a revogação do visto de Catarina na Austrália.
Antes de partir para a Austrália, Catarina concedeu a entrevista abaixo à revista Playboy, que transcrevo sem maiores comentários, porque a naturalidade com que a jovem aborda a venda de sua virgindade fala por si.

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