Buriti tem exposição de maior arquiteto esloveno
Mostra traz trabalhos de Joze Plecnik em Liubliana
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
BRASÍLIA
A exposição “Liubliana de Plecnik” traz a seleção de 16 obras do maior arquiteto da história da Eslovênia. A mostra está em exibição no Salão Branco do Palácio do Buriti, em Brasília.
Com entrada franca, as visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A exposição ficará no Palácio do Buriti até 13 de outubro, a próxima sexta. Em novembro, entre os dias 6 e 18, seguirá para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB (Universidade de Brasília). Há previsão de exibições em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Plecnik determinou as bases da arquitetura nacional eslovena. As diretrizes dele estão sendo seguidas até hoje nas intervenções arquitetônicas e urbanísticas no centro da cidade de Liubliana, hoje capital da Eslovênia.
Seis obras de Plecnik estão aguardando a aprovação para inscrição na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade da UNESCO. Cinco delas se encontram em Liubliana e são apresentadas na exposição.
O arquiteto nasceu em 1872 em Liubliana. Filho de um marceneiro, o jovem Plecnik deveria seguir o mesmo ofício. Mas o destino o levou a Viena, onde foi aluno do arquiteto Otto Wagner. Wagner era um dos expoentes da Secessão Vienense, estilo com filosofia e características semelhantes ao Art Nouveau e Jugendstil.
Plecnik (em português, pronuncia-se Plêtchiniq) conclui o estudo como melhor aluno de Wagner e abriu escritório próprio em Viena. Reconhecido profissionalmente, foi professor em Praga. Ele foi nomeado o arquiteto responsável pela reforma do Castelo de Praga.
O ano de 1920 foi o ponto de virada em sua vida. Ele voltou a morar na sua cidade natal, após um período de mais de 30 anos no exterior. Em Liubliana, Plecnik desenvolveu um estilo próprio e difícil de rotular, sendo frequentemente descrito como atemporal e humanista. A exibição traz um resumo das obras concebidas e construídas em Liubliana entre 1920 e 1957, ano de sua morte.
PS – A imagem que abre este post é da Igreja de São Miguel. Na home do blog, está em destaque a fachada de um edifício em Liubliana.