Ponto para as Polícias Civil e Militar do Pará. Os irmãos José Rodrigues Moreira e Lindonjonson Silva Rocha, acusados de assinar os líderes extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, no dia 24 de maio, em Nova Ipixuna, sudeste do Estado.
A prisão se deu em mata fechada, distante cerca de 50 km de Novo Repartimento, município que fica a 511 km de Belém. A polícia afirma ter encontrado três revólveres calibre 38 e uma espingarda. A prisão deles foi decretada em julho. O suspeito Alberto Lopes do Nascimento continua foragido.
Segundo denúncia do Ministério Público, Moreira é o dono de terras no assentamento onde o casal morava e é acusado de ter sido o mandante das mortes. Irmão de Moreira, Lindonjonson é suspeito de atirar no casal.
É importante comemorar o feito, mas é preciso, também, que a Justiça seja feita sem morosidade e impunidade. Na região é comum o poder dos madeireiros e grandes proprietários de terra se aliar ao poder político. Muitas vezes, disso resulta uma influência ilícita sobre a polícia e o judiciário local, com força, inclusive, de influenciar os julgamentos.
Ameaças de morte
Além disso, desde o crime, familiares do casal têm relatado ameaças de mortes e temem o poder dos mesmos que assassinaram José Cláudio e Maria. O Ministério Público Federal já pediu que eles sejam protegidos pela Polícia Federal.
Ainda hoje os números de mortes no chamado "polígono da violência", região que abrange Nova Ipixuna e mais 13 municípios contíguos no Sudeste do Pará, são inadmissíveis. Por ali, as taxas de assassinato chegam a 60 por 100 mil/hab (média de 2007 a 2009). Foi lá também que o agricultor Erenilton Pereira dos Santos, testemunha do crime de Nova Ipixuna, foi encontrado morto no mesmo local em que o casal foi assassinato.(Blog Zé Dirceu)
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