Comissão da Câmara adia votação da reforma política
Fábio Pozzebom/ABr
Como previsto, a comissão incumbida de elaborar projeto de reforma política na Câmara adiou a votação do relatório do deputado Henrique Fontana (PT-RS).
O próprio relator cuidou de pedir o adiamento. Ao justificar-se, reconheceu que, insistindo na votação, condenaria a reforma ao arquivo.
“A prudência me indica que devo apostar no caminho da negociação, para chegar à maioria”, disse Fontana.
Remarcou-se a votação para 20 de outubro. Imagina-se que, em duas semanas, vai-se chegar à conciliação que não foi obtida em seis meses.
Otimista a mais não poder, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que vai costurar um acordo para aprovar a reforma em plenário até fins de novembro.
“Como era difícil a votação do Código Florestal, da Emenda 29, […] esse também é um tema difícil…”
“…Mas, se depender da vontade e da persistência desse presidente, nós vamos produzir votações importantes sobre a estrutura política do Brasil.”
Assim como Maia, toda a Câmara declara-se a favor da reforma política. O apoio não ultrapassa, porém, as fronteiras da retórica.
No gogó, a unanimidade. Na prática, uma guerrilha por interesses pessoais e partidários. No horizonte, o monstro do nada.(Josias de souza)
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