segunda-feira, 9 de abril de 2012


Gestão de Fortaleza virou debate maniqueista?


Com o titulo “Intenções da continuidade”, eis artigo do arquiteto Joaquim Cartaxo, também vice-presidente estadual do PT. Ele apregoa a continuidade do modelo administrativo de Fortaleza em meio a reflexões filosóficas e um quadro maniqueista predominante entre o eleitorado. Confira:
O que distingue um bom governo e um mau governo? Toda grande obra política tem buscado responder essa pergunta, anota o mestre Norberto Bobbio, enfatizando que na história do pensamento político essa antítese é “a maior reflexão política de todos os tempos. Problema fundamental no sentido que não há problema de teoria política, do mais antigo ao mais novo, que a ele não esteja ligado”. 
Nesse ano de 2012, prefeitos buscarão a reeleição ou eleger seus sucessores, portanto essa reflexão está presente. Aliás, a todo vapor nas pré-campanhas que definem as coalizações partidárias e os candidatos a prefeito e a vereador.
O debate da distinção entre o bom e o mau governo quanto à Fortaleza, por exemplo, adquiriu contornos maniqueístas sob o tema da continuidade sem a necessária reflexão sobre as mudanças na conjuntura político-econômica, os problemas internos à administração municipal, que interferem na sua qualidade como prestadora de serviço público, e as tendências de aumento ou redução das oportunidades de melhoria das condições de vida e trabalho da população em geral.
Debater um projeto de continuidade considerando as mudanças, os problemas e as tendências, mencionados no parágrafo anterior, aflorará as razões e contrarrazões dos avanços alcançados e dos desafios que ainda precisam ser vencidos pelos sujeitos políticos e sociais que protagonizam e pelos que, ainda, se somarão ao projeto.
Em Fortaleza, há um projeto em andamento, integrado aos projetos estadual e federal que com suas virtudes e contradições são complementares. Assim sendo, sua continuidade não será acidental, mas intencional como parte do projeto democrático e popular nacional.
Para contribuir com a pactuação das intenções da continuidade desse projeto, sublinho Max Weber ao lecionar que o homem político precisa das seguintes qualidades decisivas: paixão, senso de responsabilidade e capacidade de previsão.(Eliomar de Lima)
* Joaquim Cartaxo
cartaxo@hurb.com.br

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