segunda-feira, 13 de junho de 2011

Eis artigo do jornalista e advogado Themistocles de Castro e Silva. Intitulado “O Painel do Color”, ele lamenta, até hoje, a cassação do ex-presidente e diz que episódio foi um dos “mais sujos” da política brasileira. Confira:

Alegando que o episódio não passou de um “acidente” e, por isso, não precisaria fazer parte da galeria de fatos históricos envolvendo o Senado, José Sarney mandou retirar os painéis afixados no “túnel do tempo” sobre o impeachment do presidente Collor. No dia seguinte, porém, recuou na decisão.

A cassação do presidente Collor foi o episódio mais sujo da vida pública brasileira, em todos os tempos. Até hoje não se teve coragem de mostrar as razões pelas quais o Congresso tomou o mandato de um presidente legitimamente eleito.

É bom que se diga, porém, que ele foi vítima de sua própria decisão de extinguir o Serviço Nacional de Informações (SNI), que está fazendo imensa falta ao País. Com o SNI vivo, não teria havido a Era Lula com tanta corrupção e roubalheira.

Se comparado com os acontecimentos atuais, particularmente da Era Lula, pode-se afirmar que o comportamento de Collor foi o de um santo. O que se apurou contra ele foi ter recebido um Fiat Elba de PC Farias para os serviços da Casa da Dinda, que era a residência presidencial.

Pelo que aconteceu impunemente no governo Lula e continua acontecendo no atual governo é fácil constatar-se que tudo decorreu porque, na época, não tinha verba indenizatória, emendas individuais de deputados e instrumentos de corrupção do conhecimento da Polícia federal e do Ministério Público.

O que se sabe e o que se viu é que o presidente observou independência dos poderes, tão proclamada e nunca respeitada pelos seus sucessores. Depois do que ocorreu na Era Lula, dificilmente um chefe de Governo terá condições de trabalhar com a independência que a Constituição impõe. Muitos, ou a maioria, confunde com subserviência.

O Brasil seria um país feliz se seus governantes tivessem o comportamento do presidente Collor. Enquanto a maioria do senado, naquela época, cassou o presidente, o que vemos hoje é a maioria protegendo um ministro sem condições de mostrar a origem de sua fortuna. Tudo isso sem falar nos “anões do orçamento”, no “mensalão” e nos demais que se formaram no Executivo e no Legislativo, envergonhando a vida pública.(blog Eliomar de lima)

* Themístocles de Castro e Silva

COMENTÁRIO MEU:

Esse jornalista é adepto da frase "DEMOCRACIA É QUANDO EU MANDO EM VOCÊ. DITADURA É QUANDO VOCÊ MANDA EM MIM."


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