segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O efeito danoso em caso de rompimento entre PT e PSB

A apenas onze meses do primeiro turno das eleições municipais, PT e PSB pesam e medem cada detalhe e variável da manutenção - ou não - da aliança. Um desses pontos, pouco percebido pelo grande público, é o fato de a prefeita Luizianne Lins e o governador Cid Gomes presidirem seus respectivos partidos no Estado. Isso é relevante. Tem peso institucional muito forte. Inclusive, foi em busca dessa legitimidade partidária que ambos ascenderam à cúpula das respectivas legendas. A posição garante tratamento equilibrado para ambos. Mas tem, igualmente, efeito danoso quando as circunstâncias não ajudam. Por exemplo. Admitindo-se que os dois personagens rompam em Fortaleza. Como ficaria no restante do Ceará? PSB e PT de há muito convivem em dezenas de prefeituras em todas as regiões do Estado. Como ficariam essas relações, cada uma com suas fortes cores locais, se Luizianne e Cid seguirem rumos diferentes na Capital? Veja um dos possíveis cenários.

QUEBRA DA ALIANÇA ISOLARIA LUIZIANNE

É fácil supor que em caso de rompimento PT-PSB em Fortaleza, os demais diretórios municipais procurariam fazer com que Fortaleza fosse um caso isolado. Essa hipotética situação seria alimentada pelo governo Cid, a quem não interessa uma desavença política em cada cidade. Pelo contrário. A presidente do PT cearense pouco teria o que fazer contra isso. Luizianne sempre teve atuação política circunscrita a Fortaleza. Sabe-se que o conjunto dos diretórios petistas no Estado é fatiado entre parlamentares graduados - a maioria próxima a Cid. Todos eles disputam espaço com a própria presidente. É da genética do PT. Tudo considerado, significa dizer que um eventual rompimento PT-PSB em Fortaleza levaria Luizianne ao isolamento dentro do PT cearense. Dizendo de outra forma: de que lado, caro leitor/internauta, ficariam os petistas, hoje professores de pragmatismo político? com a presidente da sigla, prefeita até dezembro de 2012 - em outubro do ano que vem restarão dois meses de mandato - ou à sombra dos Ferreira Gomes, no poder até 2014?(Erivaldo Carvalho).

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